A poucos meses das eleições presidenciais adiadas para a segunda quinzena de maio - anteriormente previstas para 22 de Abril -- o Presidente Maduro apresenta-se a um segundo mandato para permanecer no poder até 2025 e tem como opositores Henri Falcón, um dissidente do 'chavismo', e quatro outros candidatos.
O principal partido de oposição Unidade Democrática (UD, antiga Mesa de Unidade Democrática) já anunciou que não apresentará candidatos às eleições presidenciais antecipadas, para não legitimar o que considera ser um processo ilegítimo.
"Não contem com a UD, nem com o povo para dar o aval ao que até agora é apenas um simulacro fraudulento e ilegítimo de eleições presidenciais", explicou a oposição em comunicado.
Maduro, que era vice-presidente de Chavez, falecido a 05 de Março de 2013, não teve um primeiro mandato nada tranquilo, depois de ter vencido as eleições com 50,66 % dos votos.
Apesar de a Venezuela ter uma das maiores reservas de petróleo do mundo, a crise económica interna agudizou-se, especialmente nos últimos três anos.
Segundo um estudo divulgado pela Hercon Consultores, em fevereiro, a situação da economia venezuelana agravou-se "gravemente" desde 2014 com 89,5% dos venezuelanos a obterem rendimentos insuficientes para satisfazer as necessidades básicas.
"Já não são tempos do 'boom' petrolífero, o país vive uma espécie de desmoronamento social, hiperinflação, que afecta com maior intensidade os mais vulneráreis, faz com que aumentem os lares em condição de pobreza e altos níveis de pobreza, que afectam mais de 70% das famílias", refere o mesmo estudo intitulado de "Contexto Venezuela, Expectativa e Situação Económica".
Os apagões energéticos são cada vez mais frequentes. Apesar de se registarem principalmente no interior do país têm-se sentido também na cidade Caracas. Só em Fevereiro verificaram-se quatro grandes apagões que afectaram o distrito capital.
As manifestações anti-governamentais são constantes, em especial às que ocorreram entre Abril e Julho do ano passa do e que segundo a Amnistia Internacional resultaram em "pelo menos 120 mortos e mais de 1.000 feridos".
Maduro sempre assumiu a sua lealdade incondicional aos ideais "chavistas", regime que se inspira no movimento nacionalista iniciado por Simón Bolívar, general venezuelano do século XIX que liderou a luta pela independência de vários países sul-americanos.
O ideário anti-americano e a revolução permanente da esquerda da América Latina são duas das marcas do 'chavismo', inspirado pela Revolução Cubana, e que influenciou vários governos de esquerda na região.
Depois da subida ao poder de vários apoiantes, mais ou