"Acho que a Coreia do Norte está indo muito bem, será um tremendo sucesso. A promessa é que eles não vão lançar mísseis até esse encontro, e que vão procurar a desnuclearização, isso seria maravilhoso", disse Trump aos repórteres pouco antes de participar num evento em Moon Township, a oeste da Pensilvânia.
"Vamos ver o que acontece. Isto devia ter sido enfrentado nos últimos 30 anos, e não agora. (Ex-presidentes Barack) Obama, (George W.) Bush, (Bill) Clinton, tiveram a oportunidade e não fizeram nada", acrescentou Trump.
O Presidente dos EUA aproveitou para agradecer a colaboração do Presidente chinês Xi Jinping, em relação à Coreia do Norte.
"A China fez mais por nós do que nunca antes para qualquer outro presidente ou para este país, e eu respeito isso", disse.
Trump comentou assim a notícia de que aceitou uma reunião histórica com o líder norte-coreano, que presumivelmente acontecerá em Maio, num lugar a ser determinado, e que será, a acontecer, o primeiro encontro na história entre líderes dos Estados Unidos e da Coreia do Norte.
Trump já tinha anunciado que o presidente chinês Xi Jinping tinha agradecido os esforços "diplomáticos" da administração norte-americana para resolver a questão norte-coreana.
"O presidente Xi disse-me ter apreciado que os Estados Unidos estejam a tentar resolver o problema diplomaticamente em vez de usar a opção mais preocupante. A China continua a ajudar-nos", escreveu hoje Trump, numa referência à chamada telefónica com o seu homólogo chinês.
A Casa Branca anunciou na sexta-feira que os dois chefes de Estado estão "comprometidos em manter a pressão e as sanções até que a Coreia do Norte tome decisões para uma desnuclearização completa, verificável e irreversível".
"A Coreia do Norte não realizou qualquer teste de mísseis desde 28 de Novembro de 2017 e prometeu não o fazer durante os nossos encontros. Eu acho que eles manterão sua promessa!", afirmou Trump também hoje num 'tweet'.
A opositora de Trump nas eleições presidenciais, a democrata Hillary Clinton, já comentou que a administração não está a ver o perigo que representam as discussões com Pyongyang.
"Se quer discutir com Kim Jong Un sobre armas nucleares, precisa de diplomatas experimentados. Precisa de pessoas que conheçam bem as questões e saibam decifrar os norte-coreanos e a sua linguagem", afirmou a antiga responsável pela diplomacia dos Estados Unidos a um jornal holandês, acrescentado que o "perigo não é reconhecido pelo governo Trump".