Daud Amin, da Polícia de Cabul, disse que o atentado suicida, de um kamikaze que se fez explodir, atingiu civis que esperavam para receber o seu cartão de eleitor.
A explosão foi sentida em toda a cidade, partiu janelas a quilómetros de distância do local do ataque e danificou vários veículos nas redondezas, conta a agência Associated Press.
Todas as ruas de acesso ao local foram cortadas pela Polícia e somente as ambulâncias podem circular.
Nas imagens transmitidas pela televisão nacional, a Ariana TV, a partir do local, uma multidão gritava "morte ao governo" e "morte aos talibãs".
As televisões mostram centenas de pessoas concentradas nos hospitais locais a tentar obter informações sobre os seus familiares.
O atentado, que ocorreu na zona oeste da capital do Afeganistão, no bairro maioritariamente xiita de Dasht-e-Barchi, não foi reivindicado até ao momento, mas o porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, indicou que "os Mujahidines não têm nada a ver com o ataque de hoje", responsabilizando implicitamente um afiliado local do grupo extremista Estado Islâmico (EI).
Tanto os talibãs como o EI se opõem à realização de eleições democráticas.
O Afeganistão terá eleições parlamentares a 20 de Outubro.
Na semana passada, três agentes da Polícia responsáveis por guardar os centros de recenseamento eleitoral em duas regiões do país foram mortos, de acordo com a informação das autoridades.
Este é o primeiro ataque em Cabul contra um centro de recenseamento eleitoral para as legislativas de Outubro desde o início do processo de recenseamento, a 14 de Abril.