O director regional da Organização Mundial da Saúde para a África, Matshidiso Moeti, declarou que as equipas estão a ser mobilizadas para estarem de prontidão, sendo que os "próximos passos imediatos" incluem o reforço da capacitação, treino e mobilização de recursos.
Os dois países prioritários são a República Centro-Africana (RCA) e a República do Congo, que estão perto do epicentro do surto declarado na RDCongo. Os outros países em alerta são Angola, Burundi, Ruanda, Sudão do Sul, Tanzânia e Zâmbia.
Na República do Congo, por exemplo, a OMS já está a trabalhar com funcionários do Governo para encerrar o funcionamento de um mercado do seu lado do rio Congo.
Moeti disse hoje na Assembleia Mundial da Saúde que os nove países "já iniciaram as suas actividades de prontidão".
O último balanço do surto de Ébola no noroeste da RDCongo, com números registados até 20 de maio, é de 27 mortos, 28 casos confirmados, 21 prováveis e nove suspeitos.
As autoridades da RDCongo e a OMS lançaram na segunda-feira uma "vacinação direccionada" contra a doença provocada pelo vírus Ébola em Mbandaka.
A RDCongo já recebeu 8.500 doses de vacina, segundo as autoridades.
A campanha de vacinação direccionada continuará em Bikoro (a 100 quilómetros de Mbandaka e a 600 quilómetros da capital, Kinshasa), epicentro do actual surto, declarado a 08 de maio, na fronteira com a República do Congo.
Este é o nono surto da doença desde que apareceu pela primeira vez na RDCongo, em 1976.
A última epidemia ocorreu em 2017 e matou, segundo os dados oficiais, quatro pessoas.