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Segundo a agência, se nada for feito, até 2050 os oceanos terão mais plástico que peixes. A ONU Ambiente lançou a campanha “Acabe com a Poluição Plástica” ou #BeatPlasticPollution, na sigla em inglês.
Vários eventos estão a ser realizados pelo mundo como recolhas de lixos nas praias e palestras de consciencialização sobre a importância de dizer não aos plásticos descartáveis.
A ONU News conversou com a coordenadora do Dia do Meio Ambiente no Brasil e também da campanha Mares Limpos, Fernanda Daltro. De Brasília, ela explica que o plástico é um dos maiores desafios ambientais da era actual.
“O plástico tornou-se um material presente em absolutamente todos os lugares do planeta, inclusive nas regiões mais remotas. E esta poluição tem uma relação directa com a sociedade de consumo em vivemos hoje. Este volume de lixo se mistura à cadeia alimentar. Todas as espécies nos oceanos acabam tendo contacto e se alimentando do plástico de uma forma ou de outra.”
Para celebrar o Dia do Meio Ambiente, o Comité Olímpico Internacional, COI, anunciou uma parceria com a ONU para combater o plástico descartável. Atletas olímpicos de várias modalidades incluindo triátlo, surf, e râguebi comprometeram-se em cortar os utensílios de plástico.
A cada minuto, 1 milhão de garrafas plásticas são consumidas no mundo. Já a quantidade de sacos de plástico chega a 5 triliões por ano.
De acordo com o director-executivo da ONU Meio Ambiente, Erik Solheim, já existe a consciência da situação alarmante, mas os impactos de longo prazo desta crise ambiental sobre a saúde ainda são pouco conhecidos.
Entre as recomendações da ONU Ambiente para acabar com a poluição plástica estão acções simples que podem ser adotadas no dia a dia. Entre elas, levar o próprio saco ao supermercado, recusar talheres de plástico, preferir garrafas de água reutilizáveis, apanhar o plástico que encontrar na rua enquanto estiver caminhando e apoiar políticas governamentais contra o uso único das sacos de plástico.
