“Precisamos de inverter este cenário em benefício das nossas crianças e mães. Promover a prática do aleitamento materno insere-se nos esforços do Governo para a redução da mortalidade materna e infantil e melhoria da qualidade dos serviços", disse Sílvia Lutucuta.
Discursando hoje na cerimónia de abertura da Semana Mundial da Amamentação, que decorre até 08 de agosto, em Luanda, a governante defendeu ainda o resgate da cultura do aleitamento materno, solicitando o concurso das famílias e profissionais do sector.
"[A questão hoje é resgatarmos esta cultura, que é nossa, agregando a mais-valia do aleitamento materno exclusivo, oferecer o leite materno na primeira hora após o nascimento e exclusivo até ao sexto mês de vida sem nenhum outro alimento. Se possível, continuar até aos dois anos", apelou.
Segundo a ministra da Saúde angolana, as unidades de saúde "precisam de criar um ambiente favorável" ao aleitamento materno e cumprir os 10 passos da "Iniciativa de Unidade de Saúde Amigo da Criança".
Para a governante, cabe aos profissionais de saúde "promover, estimular e orientar de forma adequada" a alimentação da mãe e da criança, desde a consulta pré-natal, no parto, no pós-parto e em todos os contactos da mãe e da criança no sistema de saúde.
Acrescentou que é "urgente" que se incremente a sensibilização sobre a promoção do aleitamento materno nas unidades sanitárias, nos mercados, entre adolescentes e jovens para que se possa "reverter a situação de desnutrição crónica leve e moderada" em crianças menores de cinco anos, cuja taxa se situa actualmente nos 38%.
De acordo com Sílvia Lutucuta o novo "Caderno de Saúde da Mãe e da Criança", da autoria do Ministério, "é um instrumento chave" que irá permitir reforçar a prática do aleitamento materno, a vacinação de rotina, acompanhar o crescimento e o desenvolvimento da criança.
A Semana Mundial de Aleitamento Materno em Angola decorre sob o lema "Aleitamento Materno: A Base da Vida".