Em declarações numa conferência de imprensa em Monchique, Patrícia Gaspar disse ainda que o incêndio tem ainda uma vasta área afectada e que é preciso "manter a energia e a dedicação" para prosseguir com a consolidação do trabalho feito e responder com prontidão a eventuais reactivações.
Patrícia Gaspar recordou que o dia de hoje será ainda adverso em termos de condições climatéricas, com um previsível aumento da temperatura.
A protecção civil actualizou ainda o número de feridos para 41, um deles em estado grave.
O incêndio de Monchique já destruiu cerca de 27.000 hectares, segundo os dados mais recentes disponibilizados pelo Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais (EFFIS), tornando-o no maior este ano em Portugal.
Este ano, o maior incêndio, em termos de área ardida, que se tinha verificado em Portugal era o que deflagrou em Fevereiro na Guarda, onde arderam 86 hectares.
Segundo os dados do EFFIS, as chamas em Monchique já destruíram 26.957 hectares, mais de metade dos 41 mil que arderam na mesma região em 2003, nos concelhos de Monchique, Portimão, Aljezur e Lagos.
No ano passado, as chamas destruíram mais de 440 mil hectares, o pior ano de sempre em Portugal, segundo dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
Quanto aos maiores incêndios em termos de área ardida ocorridos no ano passado, no topo da lista aparece o que teve origem no dia 15 de Outubro, em Seia/Sandomil, no distrito da Guarda, que destruiu 43.191 hectares.