"Devemos construir em conjunto uma estratégia de longo prazo para a gestão desta crise, que não pode reduzir-se a uma política de sanções e de confinamento" do Irão, disse.
Macron falava ao Conselho de Segurança depois do presidente norte-americano, Donald Trump, que afirmou que desde o acordo nuclear, a ameaça que o Irão representa "não parou de aumentar"
Trump anunciou em maio a retirada unilateral dos Estados Unidos do acordo nuclear de 2015 e a imposição de sanções a Teerão.
"Todos, ao redor desta mesa, mantemos o mesmo objectivo: impedir o Irão de obter armas nucleares", disse Macron.
O chefe de Estado francês defendeu, uma vez mais, novas negociações sobre o nuclear iraniano para além de 2025/2030, os prazos fixados no acordo nuclear, "sobre a questão do aumento do alcance e da precisão do arsenal de mísseis" do Irão "e sobre a estabilidade regional".
Macron apontou os riscos que representa o eventual acesso a mísseis do Hezbollah libanês ou os rebeldes Huthi do Iémen, ambos apoiados pelo Irão.
A manutenção do acordo nuclear foi também defendida pela primeira-ministra britânica, Theresa May, que afirmou ao Conselho que o pacto continua a ser a melhor maneira de impedir Teerão de ter armar nucleares.
O acordo de 2015 "continua a ser o melhor modo de impedir o Irão de desenvolver uma arma nuclear e estamos empenhados em preservar o acordo enquanto o Irão continuar a aplicar os seus compromissos", disse May.
O acordo nuclear, assinado entre o Irão e o grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - EUA, Rússia, China, França e Reino Unido - e a Alemanha, permitiu o levantamento de parte das sanções internacionais em troca do compromisso de Teerão de limitar o seu programa nuclear a fins civis.
Segundo a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), o Irão continua a respeitar os seus compromissos no quadro do acordo sobre o nuclear e a permitir o acesso da organização a todos os locais no Irão que pediu para inspeccionar.