“A polícia é uma das faces mais visíveis do Estado numa sociedade moderna, numa sociedade democrática, e numa missão de manutenção de paz onde trabalhamos em conjunto com as forças de segurança nacionais, não só para a capacitação mas também para o apoio operacional. Claro está, de acordo com o mandato que o Conselho de Segurança nos dá para esse efeito.”
Luís Carrilho explica que a Polícia das Nações Unidas protege a população civil, apoia a manutenção da ordem pública e a capacitação das forças segurança nacionais, muitas vezes numa perspectiva de transição.
Uma das atuais prioridades passa por reforçar a presença de mulheres polícias da ONU. O conselheiro afirmou que têm sido feitos esforços para que tal aconteça e deu o exemplo de uma unidade da polícia do Ruanda, composta em igual por homens e mulheres, que está no Sudão do Sul.
Actualmente as mulheres correspondem a cerca de 11% dos agentes policiais que servem em 15 operações de paz.
Neste contexto, Carrilho pediu aos países que contribuem com polícias que aumentem o número de mulheres nos seus contingentes e deixou ainda um apelo às nações lusófonas.
“A Polícia das Nações Unidas faz também um apelo a todos os países falantes de português para contribuírem com mais polícias. Portugal participa, Brasil participa, tivemos participações no passado já de outros países falantes de português mas penso que é um esforço dentro da acção para a manutenção de paz, que todos os países podem contribuir. Os países de África, Timor-Leste também já participaram e esperemos que no futuro voltem a participar.”
A missão da polícia da ONU é aumentar a paz e a segurança internacional, apoiando os Estados-membros em situações de conflito, pós-conflito e outras crises, a fim de formar uma Polícia eficaz e responsável, que sirva e proteja as populações.