Helmut Siepmann, presidente da DASP desde 1998, admite que, na Alemanha, “há pouco conhecimento sobre os países africanos de língua portuguesa, e ainda há pouca gente envolvida em negócios com eles”. Os que existem, acrescenta, “ainda não estão bem relacionados com o público geral”.
“O que fazemos na DASP é convidar estas pessoas do comércio, do negócio e da política a contactar com o público. Por isso fazemos publicações, colóquios e conferências em várias cidades alemãs, não só em Berlim, mas também em Colónia ou Aachen”, revela o também professor universitário de românicas, com especialização em literatura portuguesa, da Universidade Técnica da Renânia do Norte-Vestefália em Aachen.
A Sociedade Alemã para os Países Africanos de Língua Portuguesa nasceu há mais de três décadas.
“Foi fundada porque tínhamos pouca informação sobre as antigas colónias portuguesas em África, tivemos a nossa necessidade de informar o publico alemão sobre o que acontece e acontecia nestes países. Tentamos procurar informação desde várias vias”, esclarece Helmut Siepmann.
Além de um a dois colóquios por anos, e de várias conferências em diferentes universidades do país, a DASP produz quatro publicações por ano, disponíveis online ou em papel.
“Para cada país africano de língua portuguesa temos uma crónica alfabeticamente organizada e, em cada número, damos os acontecimentos de um período de três a quatro meses que são interessantes para o público, na Alemanha. Acompanhamos estas crónicas com publicações sobre política, comércio, indústria, medicina, nos diversos países”, revela o presidente da associação.
Cada publicação é distribuída pelos membros da sociedade, em algumas livrarias e também em instituições alemãs e de países como a Holanda, Áustria ou Suíça.
“Desta forma temos a possibilidade de multiplicação das nossas ideias, das nossas informações e atingimos um publico muito vasto, até a diplomacia alemã. O Ministério dos Negócios Estrangeiros recebe continuamente as nossas publicações”, explica Helmut Siepmann.
O presidente da DASP realça a importância do desenvolvimento dos negócios e dos contactos com África, sendo para isso necessário “diversas reflexões e estudos”.
“A melhor possibilidade de desenvolver e multiplicar os contactos, seria começar naturalmente um comércio geral com estes países, que possuem as riquezas do petróleo, por exemplo. Nós temos o conhecimento da técnica e da optimização dos meios naturais que existem em África. Combinar estes dois aspectos seria o melhor”, concluiu o presidente da Sociedade Alemã para os Países Africanos de Língua Portuguesa.
A DASP tem cerca de meia centena de membros e organiza nos próximos dias 28 e 29 um colóquio com o tema “a condição das mulheres nos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa”.