Os cientistas do Painel Intergovernamental Para as Mudanças Climáticas (Giec) fizeram soar o alarme, ao estimar que, num mundo com mais 2°C, objetivo mínimo do pacto climático, assinado em Paris, em 2015, os impactos serão bastante mais importantes que num mundo com 1,5°C, limite ideal do acordo.
Sublinharam, no entanto, que para permanecer abaixo dos 1,5°C, seria necessário reduzir as emissões de CO2 em cerca de 50% até 2030 em relação a 2010, enquanto os compromissos atuais dos Estados fazem prever, segundo os cientistas, um mundo 3°C mais quente.
Perante o alerta, muitas delegações, especialmente das ilhas vulneráveis, esperavam que, na 24ª Conferência do Clima da ONU (COP24), os países reforçassem os seus compromissos de redução de gases de efeito estufa até 2020, mas na conferência, os países empenharam-se principalmente em definir as regras que permitirão a implementação do acordo.
O manual de instruções, com uma centena de páginas, fixa nomeadamente as modalidades a seguir pelos planos nacionais e estabelece um acordo de alguma flexibilidade para os países em desenvolvimento.