O documento elaborado pela Freedom House aponta que a democracia esteve em queda a nível global durante o ano passado. A diminuição de direitos e liberdades “afectou uma série de países e em todas as regiões. Desde democracias antigas e há muito estabelecidas como os EUA a regimes autoritários consolidados como a Rússia ou a China”, destaca o relatório.
Na África Subsaariana Angola e Etiópia são dois dos exemplos positivos destacados neste relatório. João Lourenço, novo presidente angolano, e Ahmed Abiy, recentemente eleito primeiro-ministro da Etiópia, tendo sido eleitos pelos partidos dominantes dos dois países “expressaram o compromisso de realizar importantes reformas”.
“Se ambos forem capazes de desmantelar as molduras repressivas tanto a nível legal como político que herdaram, poderão vir a ser importantes exemplos para os seus países vizinhos e melhorar significativamente a trajectória do continente no seu todo”, relata a Freedom House.
Neste relatório, Cabo Verde surge como sendo um país totalmente livre. Segundo a Freedom House, numa classificação máxima de 100 pontos, Cabo Verde consegue 90 e é assinalado que tanto as liberdades civis, como os direitos políticos estão garantidos.
Angola, apesar da esperança depositada em João Lourenço pela Freedom House, continua a ser considerado um país sem liberdades e alcança uma pontuação de 31/100. Guiné-Bissau alcança os 42 pontos.
Dentro da CPLP a pior classificação é da Guiné Equatorial. O país governado por Teodoro Obiang consegue apenas 6 pontos em 100 possíveis. O Brasil tem 75 pontos e Moçambique 51 enquanto São Tomé e Príncipe e Portugal conseguem 83 e 96 pontos respectivamente.
Freedom in the World 2019: Democracy in Retreat
In 2018, Freedom in the World recorded the 13th consecutive year of decline in global freedom. The reversal has spanned a variety of countries in every region, from long-standing democracies like the United States to consolidated authoritarian regimes like China and Russia.