"É necessário que se vacinem, é muito importante", declarou Trump a partir dos jardins da Casa Branca.
Antes de ser eleito Presidente, o milionário associava muitas vezes os transtornos do espetro do autismo e várias doses de vacinas dadas simultaneamente, mas não tem expressado essa opinião recentemente.
"Não sou contra a vacinação dos vossos filhos, sou contra dar-lhes todas numa dose maciça. Espalhem-nas por um longo período e o autismo será reduzido", escreveu Trump na rede social Twitter em Setembro de 2014, tendo escrito mensagens semelhantes de 2012 a 2015, antes de ser eleito Presidente em novembro de 2016.
Os estudos científicos demonstraram que as vacinas não causam o autismo.
Os Estados Unidos registaram 695 casos de sarampo desde 01 de Janeiro, o que faz de 2019 o pior ano desde 2000, quando a doença muito contagiosa foi declarada eliminada no país.
A epidemia norte-americana está concentrada em bolsas onde é significativo o número de crianças não vacinadas, nomeadamente em certos bairros de Nova Iorque e perto de Detroit.
As autoridades locais em várias cidades declararam uma emergência de saúde e em Nova Iorque o presidente da câmara determinou que a vacinação é obrigatória nos bairros no epicentro da epidemia.
A maioria dos casos foi importada de países estrangeiros, entre os quais Israel e a Ucrânia, segundo as autoridades de saúde federais.
No entanto, o movimento anti-vacinas é forte nos Estados Unidos, a ponto dos "gigantes" da Internet, como a plataforma de partilha de vídeos YouTube, agirem contra os conteúdos que promovem a não-vacinação.