As declarações foram feitas na cimeira que juntou Kim na quinta-feira com o Presidente russo, Vladimir Putin, e reproduzidas hoje pela agência de notícias norte-coreana KCNA.
O líder da Coreia do Norte não fez qualquer declaração no final da cimeira com Putin, na cidade russa de Vladivostok.
"Os Estados Unidos adoptaram uma atitude de má-fé" na segunda cimeira entre o líder norte-coreano e o Presidente dos EUA, Donald Trump, em Fevereiro, disse Kim a Putin no encontro desta quinta-feira em Vladivostok, segundo a KCNA.
Ainda de acordo com a mesma agência de notícias, Kim afirmou que "a situação na península coreana e na região agora está estagnada e chegou a um ponto crítico em que pode voltar ao seu estado original" e que "a paz e a segurança (...) dependerão inteiramente da atitude futura dos EUA".
No final da cimeira de Vladivostok, Putin, o único que compareceu perante os jornalistas, disse que ficou com a "impressão" de que Kim apoia a não-proliferação de armas de destruição em massa.
Contudo, Pyongyang também quer "garantias de segurança e defesa de sua soberania", sublinhou Putin.
"O mais importante é restabelecer o direito internacional e voltar à situação em que o direito internacional, e não a lei dos mais fortes, definia a situação no mundo", acrescentou o Presidente russo.
A Coreia do Norte tem exigido que cessem "totalmente" as sanções que a ONU impôs ao regime de Pyongyang devido aos testes nucleares e balísticos iniciados em 2006.
A Casa Branca, no entanto, mantém a posição de não ceder a essa pressão enquanto Pyongyang não tomar medidas concretas para desmantelar o seu arsenal nuclear.
No seu encontro com Putin em Vladivostok, Kim, de acordo com a KCNA, convidou Putin para visitar Pyonyang, e o Presidente russo prometeu fazê-lo quando a sua agenda assim o permitir.
No final, Putin disse ainda estar disposto a partilhar detalhes sobre a cimeira com Kim Jong-un com os EUA, o que pode alterar a influência da Rússia na questão da desnuclearização norte-coreana.