Este lançamento foi feito pelas 16h30 locais (6h30 na Praia) e acontece horas depois de o país, através dos seus meios de comunicação estatais, descrever o lançamento de vários mísseis, no passado sábado - os primeiros desde 2017 - como um exercício "regular e defensivo", assegurando que tais manobras não agravaram as tensões na região, como foi apontado por Seul.
Segundo a Associated Press, ainda não há mais detalhes sobre o lançamento desta quinta-feira, que surge num momento em que Pyongyang e Washington, que tenta que os norte-coreanos assumam uma desnuclearização, se encontram num impasse diplomático.
A cimeira no início deste ano entre Donald Trump e Kim Jong-un acabou sem sucesso, com a Coreia do Norte a querer o fim das sanções que lhe tinham sido impostas em troca de alguns passos na direcção do desarmamento nuclear do país. Contudo, a proposta apresentada foi considerada insuficiente pelos Estados Unidos.
Exercício militares "regulares"
A Coreia do Norte tinham já, como referido, lançado vários mísseis no passado sábado, num exercício que descartam agravar a tensão na região.
"O recente exercício realizado pelos militares faz parte de um treino militar regular", indicou um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano, num comunicado divulgado na quarta-feira e citado pela agência estatal norte-coreana KCNA.
"Não foi dirigido a ninguém e não levou a um agravamento da situação na região", declarou.
No mesmo dia em que Pyongyag realizou o exercício, Seul apelou ao vizinho para que ponha "fim a acções que activam a tensão", na mensagem mais dura da Coreia do Sul desde que se iniciou a aproximação entre as duas Coreias.
As manobras tiveram como objectivo "verificar a capacidade operacional de múltiplos lançadores de mísseis de grande calibre e alcance, um "tipo de exercício muito comum" realizado por qualquer país para "defesa nacional", sustentou Pyongyang.
O porta-voz da Coreia do Norte descreveu ainda como "desagradável e lamentável", que este exercício tenha sido chamado "de provocatório", enquanto existe um "silêncio absoluto" sobre os exercícios realizados em Março e Abril pela Coreia do Sul e os Estados Unidos.