Em comunicado divulgado hoje, o ministério considera que União Europeia da Radiodifusão, organizadora do Festival Eurovisão da Canção, tem grande poder de influência sobre a opinião pública e por isso Israel está a aproveitar-se da competição musical para “fortalecer a sua ocupação colonial e normalizar a aceitação global da sua conduta ilegal".
O governo da Palestina lamenta que os organizadores da Eurovisão estejam a usar na promoção do evento materiais promocionais que normaliza a ocupação israelita do território e por isso os considera " inaceitáveis".
Numa carta enviada à União Europeia de Radiodifusão, o Ministério dos Negócios Estrangeiros pede que não se emita qualquer documento gravado em Jerusalém, cidade cuja parte oriental permanece ocupada desde 1967.
O ministério alega que, ao aceitar os materiais promocionais israelitas, reconhece-se "implicitamente a apoia-se as políticas ilegais de Israel, que violam sistematicamente leis internacionais e de direitos humanos, incluindo o direito do povo palestiniano à autodeterminação", cita a Lusa.
O Festival Eurovisão da Canção decorre na próxima semana em Telavive e está a suscitar uma grande onda de reprovação de alguns quadrantes. Os concorrentes dos países que competem no festival estão a receber vários pedidos de boicote. O mesmo acontece com artistas convidados a actuar no evento, caso de Madonna que está a ser duramente criticada por afirmar-se defensora dos Direitos Humanos e ir actuar em Israel.
Outras estrelas a marcarem presença no evento serão a actriz israelita Gal Gadot, célebre por interpretar a super-heroina Mulher Maravilha, e a top model Bar Rafaeli, também judia. Os críticos vêm tal como um enorme esforço de Israel em mostrar-se aos visitantes e concorrentes do Festival como um país "fantástico".