Em 2018, os Estados Unidos anunciaram a suspensão da sua ajuda financeira anual de mais de 300 milhões de dólares (267 milhões de euros) à UNRWA, considerando que a agência já teve o seu tempo, 70 anos após o início do conflito israelo-palestiniano e da criação de Israel.
Mais de 700.000 palestinianos fugiram ou foram expulsos entre Abril e Agosto de 1948, segundo a ONU.
"Este ano precisamos de 1,2 mil milhões de dólares (mil milhões de euros) para financiar todos os nossos serviços", declarou hoje o comissário-geral da UNRWA, Pierre Krahenbuhl, numa conferência de imprensa na Jordânia, indicando que a agência começou a estar em défice no início do mês de Junho.
"O défice global para este ano foi calculado em 211 milhões de dólares (187,8 milhões de euros), trabalharemos com todos os nossos doadores para o tentar reduzir", adiantou.
"Os problemas que enfrentámos o ano passado não terminaram", disse ainda Krahenbuhl, lembrando que a agência perdeu a totalidade do financiamento norte-americano e instando "os outros parceiros a manterem o seu apoio ao mesmo nível do ano passado", ou seja, nos 1,2 mil milhões de dólares.
Criada em 1949, a UNRWA gere escolas e fornece apoio médico a cerca de cinco milhões de refugiados palestinianos na Jordânia, Líbano, Síria, Cisjordânia e Faixa de Gaza.
O ano passado, um certo número de países aumentou as suas doações para tapar o buraco deixado pela retirada norte-americana.
A UNRWA organiza uma conferência a 25 de Junho para pedir ajuda financeira a doadores internacionais.