“Diplomacia e defesa são faces da mesma moeda. Instrumentos de exercício da soberania nacional e da garantia da autonomia no nosso relacionamento externo. Não por acaso essa Casa [câmara baixa parlamentar] resolveu unir os temas afectos à diplomacia e à defesa numa única comissão à qual tenho orgulho de presidir”, afirmou.
O deputado citou Frederico II, rei da Prússia no século 18, afirmando que “diplomacia sem armas é como música sem instrumentos”.
Eduardo Bolsonaro é deputado federal e foi indicado pelo pai para assumir a embaixada do Brasil em Washington, capital dos Estados Unidos.
A indicação do filho do Presidente brasileiro já foi aprovada pelo Governo norte-americano.
A nomeação, porém, tem gerado reacções negativas e polémicas no Brasil porque Eduardo Bolsonaro não tem experiência na área da diplomacia. Críticos dizem que a escolha é um ato de nepotismo.
A lei brasileira determina que o Presidente tem o poder de escolher quem considerar adequado para ocupar o cargo de embaixador, mas as indicações precisam ser aprovadas pelo Senado (câmara alta parlamentar), que tem poder de veto.
Enquanto Eduardo Bolsonaro discursava, a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da câmara baixa parlamentar brasileira aprovou uma proposta que proíbe o nepotismo no Governo.
Segundo informações divulgadas pelo portal daquela casa parlamentar, o texto aprovado trata a prática como um ato de improbidade administrativa e fixa pena de prisão de três meses a um ano para quem não cumprir a regra.
A lei em discussão inclui nomeação de parentes, esposa ou marido na administração pública incluindo a nomeação de embaixadores, mas deixou de fora as nomeações para cargos políticos, como os de ministro ou secretário estadual.
O projecto será analisado agora pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da câmara baixa parlamentar do Brasil e depois seguirá para votação em plenário.