"As autoridades e a missão [do FMI que visitou Malabo entre 16 e 27 deste mês] chegaram a acordo técnico sobre a segunda e última revisão do Programa de Monitorização Técnica", lê-se numa nota divulgada em Washington, na qual se anuncia que o Governo cumpriu todas menos uma das metas até Julho.
"O saldo orçamental fortaleceu-se em 2018, com o Governo a registar um excedente de 0,5% do PIB, um melhoramento significativo face aos 2,5% registados em 2017", acrescenta a nota, que dá conta que este ano os valores continuaram a melhorar.
O FMI assumiu que houve "progressos substanciais nas discussões para um financiamento a três anos apoiado pelo Programa de Financiamento Ampliado (Extended Fund Facility, EFF), que vão continuar no próximo mês durante os Encontros Anuais" desta instituição financeira.
O ministro das Finanças da Guiné Equatorial, Cesar Mba Abogo, disse numa entrevista no princípio deste mês que o país quer 700 milhões de dólares de ajuda financeira do FMI.
"O ponto é garantir que podemos aumentar as nossas reservas para defender a nossa moeda", disse o governante, acrescentando: "Alguns dos países já tiveram assistência financeira do FMI, agora é a altura de a Guiné Equatorial também ter".
Em entrevista à agência de informação financeira Bloomberg na Cidade do Cabo, à margem do Fórum Económico Mundial sobre África, Mba Abogo explicou que ia debater o possível acordo de cerca de 630 milhões de euros, que surge no contexto do apoio que a instituição financeira multilateral está a dar a alguns dos sete países da União Aduaneira e Económica da África Central (Camarões, República Democrática do Congo, Gabão, Chade, República Centro-Africana, Guiné Equatorial e República do Congo) mais afectados pela descida dos preços do petróleo, que caíram para cerca de metade desde o verão de 2014.
Na nota divulgada hoje, o FMI acrescenta ainda que os desequilíbrios macroeconómicos reduziram-se, mas o crescimento económico ainda será negativo este ano, apesar de o sector não petrolífero já registar uma variação positiva.