"Agora o Parlamento deve aprovar o Brexit no sábado, para que possamos seguir em frente com outras prioridades, como o custo de vida, os serviços de saúde, a criminalidade violenta e o nosso ambiente", escreveu o primeiro-ministro inglês no Twitter dizendo ainda este é "um óptimo novo acordo".
O anuncio foi confirmado logo de seguida por Jean Claude Juncker. Também no Twitter o ainda presidente da Comissão Europeia escreveu que "quando há vontade, há acordo". "É um acordo "justo e equilibrado" para o Reino Unido e para a União Europeia, acrescentou. "É uma prova do nosso compromisso em encontrar soluções".
Cabe agora ao parlamento inglês aprovar ou não a saída do Reino Unido da UE.
Sem maioria parlamentar os Conservadores de Johnson estão obrigados a negociar com outros partidos para conseguirem aprovar o acordo de saída. No entanto, um dos principais parceiros do primeiro-ministro inglês, o Partido Democrático Unionista da Irlanda do Norte já disse que não aceita o acordo alcançado.
“Participamos nas conversações com o governo. Tal como estão as coisas não podemos aceitar o que está a ser sugerido sobre questões aduaneiras e outros assuntos relacionados até porque a questão da aplicação do IVA não é clara”, refere o comunicado do Partido Democrático Unionista.
Uma posição que poderá dificultar a aprovação do acordo alcançado esta quinta-feira no Parlamento britânico.
Ainda assim, o partido liderado por Arlene Foster já se mostrou disponível para negociar dizendo no mesmo comunicado que vai "continuar a trabalhar com o governo na tentativa de alcançarem um acordo sensato que funcione para a Irlanda do Norte e possa proteger a integridade económica e constitucional do Reino Unido".
Segundo a imprensa britânica, a proposta do primeiro-ministro Boris Johnson prevê que o Reino Unido saia da união aduaneira, mas que a Irlanda do Norte mantenha alinhadas as normas alfandegárias com a União Europeia em determinados sectores, tal como a agricultura.
A proposta prevê também que os nacionalistas e unionistas da Irlanda do Norte possam rever os acordos fronteiriços de quatro em quatro anos.
O acordo alcançado em Bruxelas tem de ser validado pelos chefes de Estado e de Governo, reunidos em Conselho Europeu esta quinta-feira e sexta-feira, e ratificado pelo parlamento britânico e pelo Parlamento Europeu.
A data de saída do Reino Unido da União Europeia está marcada para o próximo dia 31.