“Os Estados Unidos da América (EUA) são inabaláveis no seu compromisso com a liberdade religiosa. Nenhum país ou entidade deve poder perseguir com impunidade pessoas com base nas suas crenças. Estas designações anuais mostram que quando a liberdade religiosa for atacada, nós iremos agir”, escreveu na rede social Twitter o Secretário de Estado norte-americano.
Esta lista, prosseguiu Pompeo através de outro ‘tweet’, incluiu a China, a Eritreia, o Irão, a Nigéria, a Coreia do Norte, o Paquistão, a Arábia Saudita, o Tajiquistão e o Turquemenistão, países que perpetuam “violações sistemáticas, contínuas e notórias da liberdade religiosa”.
Mike Pompeo não incluiu, no entanto, a Índia, apesar da recomendação feita nesse sentido pela comissão responsável pela avaliação da liberdade religiosa a nível internacional.
Este órgão denunciou uma “drástica deterioração” desta condição sob a égide do primeiro-ministro indiano, Nerendra Modi, um conhecido aliado do Presidente cessante dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump.
O Sudão, que abandonou esta lista no ano passado, também sai este ano da lista de Estados “sob vigilância”, por causa das “reformas corajosas” levadas a cabo pelas autoridades responsáveis pela transição de poder no país.
Cartum também abandonou recentemente a ‘lista negra’ dos EUA de países que, alegadamente, apoiam o terrorismo.
A Nigéria ascendeu da lista de países “sob vigilância” para os países de “particular preocupação”, apesar de Pompeo não ter justificado esta decisão.
Contudo, o último relatório sobre liberdade religiosa no mundo, publicado em Junho pelo Departamento de Estados dos EUA, dá conta de que há tensões entre as autoridades nigerianas e o grupo radical xiita “Movimento Islâmico na Nigéria”, cujas manifestações são habitualmente reprimidas de um modo violento.
A Igreja Católica nigeriana apelou no ano passado à proibição desta organização, que vê a sua constituição como uma liberdade à religião em geral.
A inclusão nesta lista poderá levar a sanções contra a Nigéria, incluindo a retirada de qualquer apoio económico de Washington.
Mike Pompeo, um cristão evangélico devoto, fez da defesa da liberdade religiosa a principal prioridade ao nível dos direitos humanos, uma área que foi, no entanto, pouco destacada pela administração do Presidente cessante.