Conforme a agência de notícias francesa, essa medida pode revelar-se uma revolução social para os mais pobres dos EUA.
"Mesmo antes da pandemia, o salário mínimo federal de 7,25 dólares (cerca de 6 euros) por hora era economicamente e moralmente indefensável", afirmou o democrata do Estado da Virgínia Bobby Scott, na apresentação do projecto.
Embora apreciada entre a população - mesmo nas fileiras dos republicanos - e defendida há mais de uma década pelos sindicatos, a iniciativa encontrou oposição dos republicanos, sob pressão das empresas que rejeitam os custos adicionais.
"Este não é um ideal radical", disse Bernie Sanders, ex-candidato presidencial progressista que considera os 7,25 dólares um "salário de fome".
“No país mais rico do mundo, quando você trabalha 40 horas por semana, não deve viver na pobreza”, insistiu o senador de Vermont que impulsiona o projecto e espera convencer os cépticos.
A crise económica provocada pela pandemia do coronavírus atinge principalmente as pequenas empresas, especialmente do sector gastronómico e de serviços que não vê com bons olhos esta proposta incluída no gigantesco plano de estímulos no valor de 1,9 bilhão de dólares.
Para a nova secretária do Tesouro, Janet Yellen, "aumentar o salário mínimo tirará dezenas de milhões de americanos da pobreza e criará oportunidades para inúmeras pequenas empresas em todo o país".
Conforme argumentou, tudo depende de como será implementado visando um aumento gradual (15 dólares até 2025) que proporcione "tempo suficiente para se adaptar".
O governo de Joe Biden destaca o ciclo virtuoso, pagar aqueles com os salários mais baixos geraria bilhões de dólares em gastos adicionais do consumidor em bens e serviços fornecidos por pequenas empresas.
Em 2019, cerca de 1,6 milhão de trabalhadores tinham salários iguais ou abaixo do mínimo federal, ou seja, 1,9% de todos os trabalhadores pagos por hora, de acordo com o US Bureau of Statistics.