A Câmara Baixa devia debater hoje um projeto de reforma da polícia, mas os democratas, que dominam o hemiciclo, anteciparam a votação para quarta-feira à noite (hora local), bem como outra sobre o direito de voto.
Os democratas indicaram que não querem pôr os congressistas em perigo, bem como os respectivos assessores e restante pessoal do Congresso, depois do alerta da polícia do Capitólio quanto a um possível novo ataque ao edifício no dia de hoje.
Num comunicado, a polícia do Capitólio indicou ter obtido informações dos serviços secretos norte-americanos sobre um "possível 'complot' de uma milícia já identificada para irromper a 04 de Março no Capitólio.
"Já fizemos actualizações de segurança significativas, que incluem o estabelecimento de uma estrutura física e o aumento de pessoal para garantir a proteção do Congresso, do público e de nossos policias", lê-se na nota.
A polícia do Capitólio acrescentou que está a levar "muito a sério" a informação dos serviços secretos norte-americanos e que está a colaborar com os parceiros locais, estatais e federais para deter qualquer ameaça à sede do Congresso dos Estados Unidos.
O Senado, por seu lado, ainda não se pronunciou sobre a actividade que tem previsto discutir ao longo do dia de hoje, com o debate sobre o resgate económico de 1.900 milhões de dólares impulsionado pela Casa Banca.
Segundo a cadeia de televisão norte-americana CNN, a informação disponibilizada pelo FBI e pelo Departamento de Estado adverte para um alegado plano em curso, preparado pela organização de extrema-direita "The Percenters" sobre um possível ataque ao Capitólio.
A 06 de Janeiro, a 14 dias da tomada de posse do novo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, milhares de apoiantes de Donald Trump, que nunca aceitou a derrota eleitoral, semearam o caos em Washington, tendo forçado a entrada no Capitólio, incidente que provocou pelos menos a morte de quatro civis e de um agente da polícia.