“Depois desta visita, a minha alma está plena de gratidão” em relação a todos que tornaram possível esta viagem, das autoridades políticas “às autoridades religiosas, começando no grande ‘ayatollah’ Ali Sistani, com o qual tive um encontro inesquecível na sua residência”, disse.
“O povo iraquiano tem o direito de viver em paz, tem o direito de recuperar a dignidade que lhe pertence. As suas raízes religiosas e culturais são milenares: a Mesopotâmia é o berço da civilização”, adiantou o Papa.
E todo este património foi destruído pela guerra, lamentou Francisco, denunciando a venda de armamento no mundo.
“É sempre a guerra, este monstro que com a mudança dos tempos se transforma e continua a devorar a humanidade”, lamentou o papa, exortando a “não responder às armas com outras armas”.
“A resposta é a fraternidade”, afirmou.
Francisco recordou que “nunca um Papa tinha estado na terra de Abraão”.
“A Providência quis que isso acontece agora, como um sinal de esperança depois de anos de guerra e terrorismo e durante uma grave pandemia”, assinalou o Papa, que regressou na segunda-feira da sua visita de três dias ao Iraque.
Francisco cruzou o país, tendo estado em Bagdade, Mossul e Qaraqosh, no norte torturado pelos ‘jihadistas’.
Levou a causa de uma das comunidades cristãs mais antigas perante a mais alta autoridade muçulmana xiita do Iraque, o grande ‘ayatollah’ Ali Sistani.
Participou ainda numa oração ecuménica com as diferentes fés presentes no Iraque há milénios em Ur, que a tradição diz ser a cidade natal do patriarca Abraão, pai das três religiões monoteístas.