Segundo os cálculos da reguladora britânica foram registados no Reino Unido 3.34 casos por milhão de pessoas na Pfizer, contra 3.09 na AstraZeneca.
Valores que levaram os responsáveis britânicos a estranharem a onda de suspensões por parte de outros países europeus à vacina produzida pela AstraZeneca.
Citado pela RTP o dr. Simon Clarke, da Universidade de Reading, sugeriu que as autoridades europeias talvez tenham "mais dados do que admitem", como por exemplo uma proporção mais elevada de pessoas jovens afetadas pelos coágulos.
Certo é que esta suspensão da vacina desenvolvida pela universidade de Oxford em conjunto com a empresa sueca AstraZeneca já está a ter repercussões políticas.
Anthony Browne, deputado conservador, acusou os líderes europeus de estarem a ser guiados pela "política, não pela ciência". "O amuo europeu com o Brexit vai custar vidas europeias", referiu o parlamentar.
Também o diretor da Agência de Itália para os Fármacos, a AIFA, Nicola Magrini, reconheceu esta terça-feira, em entrevista, que a decisão de suspensão foi "política" e se deveu em parte a um efeito de bola de neve. "Foi uma escolha política", referiu ao La Repubblica, depois de ter afirmado "com toda a certeza" que a vacina da AstraZeneca é "segura". "A relação risco-benefício é amplamente positiva", referiu Magrini.
"Chegamos à suspensão porque vários países europeus, entre os quais a França e a Alemanha, preferiram interromper a vacinação depois de casos isolados recentes de efeitos secundários adversos, sugeriram fazer uma pausa para verificações para depois recomeçar."