De acordo com as informações dos serviços de socorro do arquipélago, pelo menos nove dos 420 migrantes resgatados são menores e foram encontrados em barcos similares a pequenos pesqueiros.
Os resgatados são de origem subsaariana e norte-africana, adiantam as autoridades.
Na última semana, pelo menos 13 migrantes morreram ao tentarem chegar por via marítima às Ilhas Canárias, onde nos primeiros 11 meses do ano 16.827 pessoas chegaram ao seu litoral de forma ilegal, correspondendo a mais 44% do que no mesmo período de 2020.
Entre domingo e hoje, a Marinha marroquina resgatou também 147 migrantes africanos e asiáticos em dificuldades a bordo de embarcações improvisadas na costa de Marrocos, segundo a agência de notícias daquele país MAP.
Oriundos da África subsaariana e "de 10 países não especificados" da Ásia, os tripulantes resgatados receberam os primeiros socorros "antes de serem transportados para os portos mais próximos", nos quais seriam alvo de "procedimentos administrativos", disse fonte militar, sem especificar onde ocorreram as operações de salvamento.
As saídas da costa marroquina em direcção à Europa, em particular Ilhas Canárias, têm aumentado recentemente, através das rotas marítimas no Atlântico ou no Mediterrâneo, apesar do reforço dos controlos.
Entre 12 e 15 de Novembro, a guarda costeira marroquina havia prestado assistência a cerca de 330 migrantes no Atlântico e no Mediterrâneo, de acordo com fonte militar.
Pelo menos quatro migrantes marroquinos que tentavam chegar à Europa, incluindo duas mulheres, morreram no mar e os seus corpos foram encontrado em 12 de Novembro perto de Rabat (Marrocos).
A MAP adiantou no domingo que 117 migrantes foram detidos pelas autoridades em Laayoune, Saara Ocidental, e Tarfaya, mais a norte.
No total, 32.713 migrantes chegaram por via marítima a Espanha, entre Janeiro e Outubro, mais 24,2% que no mesmo período de 2020, segundo dados do Ministério do Interior espanhol.
Segundo estimativas do final de Setembro da Organização Internacional para as Migrações (OIM), 2021 foi o ano mais letal na rota de migração para a Espanha, com pelo menos 1.025 mortos.