Os mortos integravam um "grupo ligado à organização Ansarul Islam" que realizou "vários ataques contra a população civil" e contra as forças de segurança, em particular em Inata, especificou o Estado-Maior em comunicado.
Na madrugada de 14 de Novembro, uma coluna de veículos "todo-o-terreno" e motocicletas, transportando "mais de 300 combatentes" de grupos armados 'jihadistas', segundo fontes militares, invadiu o acampamento do destacamento da polícia burquinabê de Inata.
O ataque, o mais mortífero contra as forças de defesa e segurança desde que o Burkina Faso foi confrontado com acções 'jihadistas', provocou pelo menos 57 mortos, incluindo 53 polícias, e destacou a crescente impotência do exército perante repetidas ações 'jihadistas'.
Relativamente à acção que resultou na morte dos 10 extremistas, o comunicado afirma que "depois de localizar e identificar o grupo a partir de várias fontes de segurança, um primeiro ataque aéreo foi realizado perto do acampamento" 'jihadista', cerca de 50 quilómetros a noroeste de Ouahigouya.
"Um grupo de comandos, apoiados por um helicóptero de ataque, foi então enviado para reconhecimento e busca no acampamento", acrescentou.
"O grupo foi então atacado por uma dezena de terroristas, que foram neutralizados com o apoio do helicóptero de ataque após intenso combate", destaca o Estado-Maior, que acrescenta ter sido apreendida "quantidade significativa de armas, explosivos, morteiros e granadas".
Apesar de "todas as medidas tomadas", "quatro civis, presentes no acampamento entre os terroristas, morreram durante a troca de tiros", lamentou o Estado-Maior.
Não se registaram feridos do lado francês, cujos militares integram a força de tropas especial Barkhane.
Pelo menos 60 'jihadistas' foram mortos em Janeiro no norte do Burkina Faso durante operações conjuntas de militares burquinabês, auxiliadas por unidades francesas da Operação Barkhane, pouco antes do golpe de Estado durante o qual o Presidente Roch Marc Christian Kaboré foi derrubado.
Na esteira de Mali e Níger, Burkina Faso enfrenta uma espiral de violência atribuída a grupos 'jihadistas' ligados à Al-Qaida e ao grupo extremista Estado Islâmico, que mataram mais de 2.000 pessoas e forçaram pelo menos 1,5 milhões de pessoas a abandonar as suas áreas de residência.