Ucrânia: Pelo menos oito mortos e 11 feridos nas primeiras horas da invasão russa

PorExpresso das Ilhas, Lusa,24 fev 2022 8:09

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O exército russo confirmou hoje o início do bombardeamento de território da Ucrânia, mas garantiu que os ataques têm apenas como alvo bases aéreas ucranianas e outras áreas militares, não zonas povoadas. A Ucrânia relata pelo menos oito mortes e mais de uma dezena de feridos nas primeiras horas da invasão russa ao país, segundo o assessor do Ministério do Interior, Anton Gueraschenko.

"Uma mulher e uma criança ficaram feridas na região de Konopot, onde um carro se incendiou. Na cidade de Podolsk, na região de Odessa, há sete mortos, sete feridos e 19 desaparecidos como resultado do bombardeio. Na cidade de Mariupol, região de Donetsk, há um morto e dois feridos", relatou o responsável, na plataforma Telegram. 

O presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, anunciou hoje o início de uma operação militar no leste da Ucrânia, alegando que se destina a proteger civis de etnia russa nas repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, que reconheceu como independentes na segunda-feira.

Num comunicado citado pela agência noticiosa estatal russa TASS, o ministério russo da Defesa disse que está a usar “armas de alta precisão” para inutilizar a “infraestrutura militar, instalações de defesa aérea, aeródromos militares e aviação das Forças Armadas da Ucrânia”.

“A Rússia lançou ataques contra a nossa infraestrutura militar e postos fronteiriços”, disse hoje, num vídeo publicado na rede social Telegram, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

Zelensky impôs a lei marcial em todo o território e apelou aos ucranianos para evitarem “o pânico” e confiar na capacidade do exército da Ucrânia para defender o país.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kouleba, acusou a Rússia de ter iniciado uma “invasão em larga escala”.

“Cidades pacíficas da Ucrânia estão a ser atacadas. Esta é uma guerra de agressão. A Ucrânia vai defender-se e vencer. O mundo pode e deve parar Putin. É hora de agir agora”, escreveu Kouleba na rede social Twitter.

Foram registadas hoje fortes explosões em pelo menos cinco cidades da Ucrânia, incluindo na capital, Kiev, horas depois do Presidente russo, Vladimir Putin, ter anunciado o início de uma operação militar na Ucrânia.

Por volta das 03:00 horas (02:00 em Cabo Verde), foram registadas pelo menos duas explosões no centro de Kiev, tendo sido seguidas pelas sirenes de ambulâncias, segundo jornalistas da AFP.

Fontes em Mariupol, no leste da Ucrânia, disseram à AFP que a cidade portuária foi atingida por bombardeamentos de artilharia.

Com meio milhão de habitantes, Mariupol é a maior cidade situada junto à fronteira com as autoproclamadas repúblicas separatistas pró-russas de Donetsk e Lugansk.

Ainda mais perto da fronteira, na cidade de Kramatorsk, que serve de quartel-general do exército ucraniano, pelo menos quatro explosões foram registadas por jornalistas da AFP.

Também a cidade de Kharkiv, no leste da Ucrânia, e o porto de Odessa, situado no Mar Negro, no sul do país, registaram explosões.

Entretanto a Ucrânia anunciou o encerramento do espaço aéreo ucraniano para a aviação civil.

Num comunicado, o ministério ucraniano das Infra-estruturas justificou a decisão invocando “um elevado risco para a segurança” da aviação civil.

Segundo agências noticiosas russas, foram cancelados todos os voos com destino ou com partida dos aeroportos de Rostov-sur-le-Don, Krasnodar, Sotchi e Anapa, todos situados no sul da Rússia, junto à fronteira com a Ucrânia ou junto ao Mar Negro.

Vladimir Putin justificou a operação militar, alegando que se destina a proteger civis de etnia russa em Donetsk e Lugansk, cuja independência ele reconheceu na segunda-feira.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,24 fev 2022 8:09

Editado porAndre Amaral  em  10 nov 2022 23:27

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