Joe Biden autorizou o Departamento de Estado norte-americano a direccionar até 250 milhões de dólares (222 milhões de euros) em ajuda geral à Ucrânia e até 350 milhões de dólares (310,5 milhões de euros) em "itens e serviços de defesa", incluindo educação e treino militar.
No entanto, o memorando não esclarece quando é que o apoio militar poderá chegar à Ucrânia, actualmente sob um ataque militar da Rússia, cujas tropas já estão a combater na capital, Kiev.
O anúncio surgiu depois de uma conversa telefónica de 40 minutos com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para discutir ajuda militar às forças de Kiev e sanções.
"Reforço das sanções, assistência concreta à defesa e uma coligação antiguerra acabaram de ser discutidos com Joe Biden", escreveu Zelensky na rede social Twitter, acrescentando estar grato pelo apoio dos Estados Unidos.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa "desmilitarizar e 'desnazificar'" o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus "resultados" e "relevância".
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.