Militantes suspeitos de pertencerem ao grupo Estado Islâmico na África Ocidental (Iswap) sequestraram as vítimas, que integravam um grupo de cerca de 50 sucateiros que se dirigiam à aldeia de Magdala, no distrito de Dikwa, a leste do estado de Borno, a cerca de 20 quilómetros da cidade que faz fronteira com o Chade.
"Até ao momento, foram encontrados 23 corpos, todos massacrados por terroristas", afirmou à agência de notícias francesa AFP Babakura Kolo, o chefe de uma milícia de autodefesa local.
"Três pessoas conseguiram regressar a Dikwa, mas nada se sabe sobre o destino dos outros vinte ou mais sucateiros", acrescentou.
A busca continua, disse outro miliciano, confirmando os 23 mortos.
Os sucateiros são frequentemente acusados pelos terroristas de passarem informações às autoridades sobre os movimentos de militantes na região, berço do grupo islâmico Boko Haram, do qual o Iswap se separou em 2016.
No final de Abril, cerca de 30 sucateiros foram mortos na aldeia de Mudu, no mesmo distrito, por supostos militantes do Iswap.
O exército nigeriano intensificou recentemente as suas operações terrestres e aéreas contra militantes do Iswap e do Boko Haram, e conseguiu eliminar vários dos seus comandantes, segundo militares.
A violência terrorista no nordeste da Nigéria desde 2009 já custou a vida de 40.000 pessoas e forçou outros dois milhões a fugirem de casa, segundo a ONU.