Lavrov sublinhou, contudo, que por enquanto não existe qualquer proposta formal.
"Já dissemos muitas vezes que não rejeitamos estas reuniões. Se houver uma proposta, vamos estudá-la", disse o chefe da diplomacia russa numa entrevista à rede Rossiya-1, na qual esclareceu que, para já, tudo é "especulação".
Vladimir Putin está na lista de convidados para a reunião anual do G20 (o grupo das 20 maiores economias do mundo) que a Indonésia irá acolher nos dias 15 e 16 de Novembro, tal como Joe Biden.
A perspectiva de uma reunião bilateral à margem deste fórum parece distante, dada a escalada do conflito na Ucrânia e a constante troca de acusações.
Lavrov insistiu que Washington não fez "nenhuma proposta séria" para falar sobre a crise ucraniana e negou que Moscovo possa ser apresentado como uma entidade "maléfica" que "se recusa a negociar".
"Digo-vos que são mentiras", afirmou, citado pela agência de notícias TASS.
O chefe da diplomacia russa também instou a administração norte-americana e os seus "satélites" a agirem com "máxima responsabilidade" nas suas declarações e a não especularem sobre um conflito nuclear.
As palavras de Lavrov surgem dias depois de Biden ter falado de um possível "apocalipse" na sequência das ameaças que o próprio Putin levantou publicamente sobre o potencial uso de armas nucleares.