"Estou a favor dos protestos, mas aqueles que bloqueiam as estradas devem ser detidos", disse Gvir na segunda-feira durante uma reunião no Parlamento.
Os protestos têm vindo a intensificar-se desde o passado sábado.
O partido a que pertence Itamar Ben Gvir integra a coligação governamental liderada por Benjamin Netanyahu, desde finais de 2022, e tem a tutela dos corpos de polícia.
O ministro de direita defende que as forças de segurança actuem com mais firmeza durante os protestos ou distúrbios, sobretudo durante os confrontos com cidadãos palestinianos nos territórios ocupados por Israel.
Gvir também se referiu à manifestação do passado sábado, que reuniu milhares de pessoas em Tel Aviv contra o polémico plano da reforma judicial do executivo israelita que confere poderes à maioria parlamentar conservadora face ao Tribunal Supremo.
O plano é visto como interferência do poder político sobre o poder judicial.
De acordo com a imprensa de Israel, após os protestos do fim de semana, o ministro Ben Gvir, criticou a polícia por não deter os manifestantes que cortaram a via pública acusando os agentes de actuarem de forma permissiva "em alguns protestos".
"As regras para os protestos em Tel Avive devem ser as mesmas que se encontram em vigor em Jerusalém", disse o ministro.
Hoje, Gvir deve reformular as ordens dirigidas à polícia no sentido da detenção de manifestantes que estejam a bloquear estradas ou que "levem cartazes" com frases que possam ser "incitadoras", tais como as que comparam os membros do governo de direita aos nazis, tal como aconteceu na semana passada.
As medidas, a concretizarem-se podem ser um novo passo no sentido da repressão contra a desobediência civil em Israel enviando sinais claros aos movimentos e organizações contrárias ao Executivo de Netanyahu.
Em pouco mais de 10 dias, desde que assumiu a pasta da Segurança Nacional, Ben Gvir levou a cabo várias acções consideradas polémicas e que caracterizam a agenda ultranacionalista e anti-árabe.