Sudão: Número de mortos sobe para mais de 820, com 3.200 civis feridos

PorExpresso das Ilhas, Lusa,17 mai 2023 12:02

O número de mortes nos combates no Sudão, entre o exército e os paramilitares da Força de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), subiu para 822, com cerca de 3.200 civis feridos, disse o sindicato dos médicos local.

Num comunicado citado pela agência espanhola de notícias, o sindicato diz que "o número de mortos desde o início dos confrontos subiu para 822, com 3.215 feridos entre os civis" e acrescenta que "mais de 290 civis morreram nos dias 13 e 14 de maio", ou seja, no fim de semana passado.

A maioria das mortes aconteceu no seguimento dos confrontos na cidade de Geneina, a capital do Estado do Darfur ocidental, onde se registaram 280 mortos e 169 feridos, assinalando os dias mais mortíferos desde o início das hostilidades.

O sindicato aponta que "o número de mortos e feridos não inclui a totalidade, porque não se conseguiu contactar com alguns hospitais devido à dificuldade de movimentos e à situação de insegurança no país".

O gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA) disse no domingo que os combates entre o exército e a RSF tinha feito mais de 675 mortos e mais de 5.500 feridos, além de mais de um milhão de deslocados ou refugiados nos países vizinhos.

O conflito eclodiu em 15 de Abril, num clima de tensões crescentes sobre a integração das RSF nas forças armadas, uma parte fundamental de um acordo assinado em Dezembro para formar um novo Governo civil e reactivar a transição após a destituição do então Presidente Al-Bashir em 2019, que foi prejudicada pelo golpe de outubro de 2021 que depôs o primeiro-ministro de unidade Abdullah Hamdok.

As duas partes acusam-se mutuamente de ter posto em causa sucessivas tréguas, a última das quais uma trégua de sete dias patrocinada pelo Sudão do Sul, que terminou na passada quinta-feira, enquanto estão em curso conversações na Arábia Saudita entre representantes do exército e dos paramilitares para chegar a acordo sobre uma trégua humanitária de 10 dias.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,17 mai 2023 12:02

Editado porSara Almeida  em  10 fev 2024 23:28

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