"O mais importante é tentar encontrar estas pessoas, muitas estão desaparecidas no mar, isto não é normal, precisamos de mais aviões para as procurar", disse a coordenadora da organização não-governamental (ONG) Walking Borders, citada pela agência Associated Press.
Um avião de Salvamento Marítimo da guarda costeira espanhola já avistou um dos barcos, considerando-o "de grandes dimensões", a 132 quilómetros a sudeste da ilha Grande Canária, com migrantes a bordo, mas ainda sem mais detalhes.
De acordo com a informação das famílias dos migrantes, o barco partiu para as Canárias em 27 de Junho, proveniente de Kanfountine, uma pequena localidade piscatória na parte do Senegal que está a sul da Gâmbia, a 1.700 quilómetros de Tenerife.
Os outros dois barcos partiram da cidade de Mbour em 23 de Junho, quatro dias antes do que terá sido avistado, explicou a ONG espanhola Walking Borders.
A rota de migração do Atlântico é uma das mais mortíferas do mundo, com cerca de 800 pessoas a morrerem ou a desaparecerem só na primeira metade deste ano, segundo esta ONG, também citada pela agência Efe.
Nos últimos anos, as Canárias tornaram-se um dos principais destinos das pessoas que tentam chegar a Espanha, com um pico de mais de 23 mil migrantes a chegaram em 2020, segundo o Ministério do Interior espanhol.
Na primeira metade deste ano, mais de sete mil migrantes e refugiados conseguiram alcançar as Canárias.