"Consideramos que a adesão da nossa aliada Arménia ao Estatuto de Roma (...) é um passo totalmente hostil", disse o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Mikhail Galuzin, numa entrevista ao jornal russo RBC.
O diplomata sublinhou que Moscovo se baseia na necessidade de preservar laços seculares entre os povos russo e arménio, enquanto o governo de Yerevan adere a uma "lógica claramente oposta".
"É claro que há uma escalada da retórica anti-russa nas declarações dos responsáveis arménios e uma intensificação de uma campanha de informação hostil no espaço mediático arménio", acrescentou.
Segundo Gazulin, tudo isto se baseia numa "narrativa absolutamente insustentável" de que a Rússia não ajudou a Arménia e não protegeu a população arménia de Karabakh.
Em 03 de Outubro, o parlamento arménio ratificou o Estatuto de Roma, uma medida que o Kremlin tinha anteriormente descrito como "muito hostil" em relação à Rússia.
O Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia, emitiu um mandado de captura internacional contra Vladimir Putin, em Março, considerando-o responsável pela prática de crimes de guerra ao deportar ilegalmente crianças da Ucrânia para a Rússia.
A decisão do parlamento arménio de ratificar o Estatuto de Roma foi descrita como "imprópria" pelo Kremlin, uma vez que a Arménia tem sido um aliado tradicional da Rússia, que não reconhece a autoridade do TPI.