"Temos um número provisório de 33 pessoas mortas, incluindo um capitão do exército", disse à imprensa local o chefe do território de Bahumu, Samson Simana, na província de Kivu do Norte, onde ocorreu o ataque.
Várias casas foram incendiadas e várias pessoas desapareceram.
Um dos responsáveis da Cruz Vermelha em Watalinga, Kambale Bakiso Richard, confirmou hoje que foram enterrados "23 corpos" e que o corpo do militar foi levado pelos seus colegas.
Durante a operação de resposta após o ataque, seis membros das ADF foram mortos e vários reféns foram libertados, incluindo um bebé, disse o porta-voz militar, o capitão Anthony Mwalushay, na segunda-feira.
Os seus objetivos não são claros, além de uma possível ligação ao Estado Islâmico (EI), que por vezes reivindica a responsabilidade pelos seus ataques.
Embora os peritos do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) não tenham encontrado provas de apoio direto do EI às ADF, os Estados Unidos identificaram-nas, desde Março de 2021, como uma "organização terrorista" afiliada ao grupo extremista.
Com sede no leste da RDCongo, as autoridades do vizinho Uganda também acusam o grupo de organizar ataques no seu território.
Para pôr termo às ADF, os exércitos da RDCongo e do Uganda iniciaram, em novembro de 2021, uma operação militar conjunta em solo congolês, que ainda está em curso, mas os ataques dos rebeldes não cessaram.
Desde 1998, o leste da RDCongo, nação africana que faz fronteira com Angola, está mergulhado num conflito alimentado por milícias rebeldes e pelo exército, apesar da presença da missão da ONU na RDCongo (Monusco).