Empunhando bandeiras israelitas e cartazes que diziam "Estamos a ser governados por idiotas", os israelitas manifestaram-se também em Haifa e frente à casa do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, onde houve confrontos com a polícia, informaram os organizadores do protesto.
Segundo o site Notícias ao Minuto, trata-se da primeira manifestação antigoverno desde que rebentou a guerra entre Israel e o Hamas, em 07 de Outubro.
Até então, a sociedade civil israelita estava profundamente dividida com a polémica reforma judicial imposta pelo Governo de Netanyahu, o mais de direita da história de Israel, com muitos protestos pelas ruas.
Os protestantes que agora voltaram às ruas consideram que o Governo é culpado do ataque perpetrado pelo Hamas em 07 de Outubro, que provocou 1.200 mortos e 250 reféns, e pedem a Netanyahu que renuncie ao cargo e se convoquem novas eleições.
Também censuram o primeiro-ministro pela recusa em concordar com um novo cessar-fogo que permitiria a libertação dos reféns.
Estima-se que 132 pessoas, entre elas dois menores de cinco anos, estejam sequestradas pelo Hamas em Gaza. Destes, 121 são israelitas e 11 estrangeiros (oito da Tailândia e o resto do Nepal, Tanzânia e um franco-mexicano).
Cento e dez reféns já foram libertados, 86 israelitas e 24 estrangeiros. A maioria recuperou a liberdade em finais de novembro, durante uma trégua de uma semana que permitiu a troca por 240 palestinianos presos em cadeias israelitas.
Além disso, o exército israelita recuperou os cadáveres de outros 11 reféns, entre eles três que foram mortos por erro por Israel.
A guerra entre Israel e o Hamas começou depois de o grupo extremista ter matado cerca de 1.200 pessoas e feito duas centenas de reféns em solo israelita em 07 de Outubro, segundo as autoridades.
Em retaliação, Israel prometeu destruir o Hamas e, desde então, não para de bombardear a Faixa de Gaza, um pequeno território densamente povoado, sobre o qual lançou uma ofensiva terrestre em 27 de outubro.
As operações militares israelitas causaram mais de 22.700 mortos em Gaza, segundo números actualizados no sábado pelas estruturas de saúde do Hamas.