Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores daquele país reiterou a decisão de abandonar a CEDEAO, juntamente com os governos do Níger e do Burkina Faso - também estes alvo de golpes de Estado -, numa decisão comunicada em conjunto, a 27 de Janeiro.
Estes países, que formaram uma aliança e se distanciam da Europa, ao messmo tempo que se aproximam da Rússia na sua política externa, afirmaram que a saída da CEDEAO, composta por 15 nações africanas, se deve ao facto de a organização ter traído os seus princípios fundadores e estar "sob a influência de potências estrangeiras".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Mali afirmou hoje que as sanções decididas pela CEDEAO em Janeiro de 2022, depois de a junta militar maliana ter adiado a convocação de eleições democráticas, são contrárias ao tratado do bloco regional, nomeadamente o encerramento das fronteiras entre o Mali e os países membros.
Ao mesmo tempo, denunciou que, com esta medida, a CEDEAO "violou o direito de acesso e saída do mar e a liberdade de trânsito do Mali".