O chefe do gabinete, Viorel Centiu, confirmou que a Organização internacional de polícia criminal (Interpol) recebeu uma resposta negativa da Rússia, que qualificou de absurda.
"A Rússia recorre ao artigo 3º da sua Constituição para explicar a sua não-ingerência no caso de Shor. Deixem-me recordar que este artigo se refere a não-interferência em matéria política, militar, religiosa ou racional", explicou.
Nesse sentido, sublinhou que a Comissão de controlo de ficheiros da Interpol indicou em 2021 que o pedido para emitir um mandado de captura dirigido a Shor e pedir a sua extradição era "completamente legal", segundo indicou a cadeia televisiva moldava Jurnal TV.
Indicou ainda que a Rússia assinalou previamente que Shor não tinha entrado no país desde 2014. No entanto, o próprio opositor declarou posteriormente que se encontrava na Rússia. "Podemos dizer que a Rússia não está a cumprir as suas obrigações como Estado-membro da organização", prosseguiu Centiu.
Na semana passada a Interpol pediu à Rússia para localizar, deter e extraditar Shor, que divulgou recentemente a imagem de um encontro com um deputado em Moscovo.
A justiça russa também proibiu ao político moldovo que exerça cargos no sistema financeiro do país durante um período de cinco anos, e procedeu à confiscação de todos os seus bens.