Em conferência de imprensa, junto do seu homólogo sueco, Ulf Kristersson, Orbán informou que o Parlamento húngaro "reunir-se-á na segunda-feira e tomará as decisões necessárias, que encerrarão esta fase".
Após a ratificação, há um mês, pelo Parlamento turco, a Hungria é o último dos 31 membros da Aliança que ainda não aprovou a entrada da Suécia, num processo que começou há quase dois anos e até agora era bloqueado por estes dois países.
A ratificação pelo Parlamento húngaro, onde o Fidesz de Orbán tem uma maioria de dois terços, foi adiada várias vezes, tendo os deputados deste partido justificado o atraso, por exemplo, com as críticas "injustas" da Suécia sobre a política e a deriva democrática na Hungria, também denunciada pela União Europeia.
Orbán anunciou ainda esta sexta-feira que a Hungria vai comprar quatro aviões de combate à Suécia, demonstrando o desejo de uma cooperação militar reforçada.
"Hoje chegamos a um acordo para adicionar quatro aeronaves à frota de caças-bombardeiros Gripen das Forças de Defesa Húngaras", além das 14 já operadas em regime de arrendamento desde 2006, declarou.
Também foram assinados acordos relacionados com a manutenção e prestação de serviços destes aparelhos.
Orbán garantiu que esta operação não se relaciona com a ratificação da entrada da Suécia na NATO e afirmou que restaurar a confiança entre os dois países tem sido um processo longo, mas reconheceu que a aquisição dos caças "contribuirá para restabelecê-la".
O chefe do Governo sueco evitou criticar a Hungria e afirmou que quando um país pede para ser membro da NATO sabe que o pedido terá de ser ratificado por todos os países.
"Respeitamos que o Parlamento húngaro tenha tomado a sua decisão de forma mais lenta", indicou Kristersson, que anunciou que os dois países continuarão a procurar pontos de cooperação.
O governante afirmou que Hungria e Suécia, apesar das suas diferenças, são parceiros na União Europeia "e em breve também na NATO".
"Não concordamos em vários assuntos com a Hungria, mas numa coisa estamos de acordo: temos de cooperar nos assuntos em que partilhamos posições. Ambos os países são membros da UE e em breve também da NATO", disse.
O anúncio da visita do governante sueco ocorreu pouco depois de os deputados do Fidesz terem anunciado, na passada terça-feira, que tinham pedido ao presidente do Parlamento que incluísse o assunto na ordem do dia.
Além disso, foram assinados acordos relacionados à manutenção e prestação de serviços desses dispositivos.