Zhao Leji, o terceiro mais alto funcionário do Partido Comunista Chinês (PCC), afirmou num discurso proferido na cerimónia de abertura da conferência anual do Fórum Boao para a Ásia, que o compromisso de Pequim com as baixas emissões é "inabalável" e que este desenvolvimento verde "definirá o crescimento de alta qualidade da China".
"Quase metade da capacidade de produção de energia fotovoltaica instalada no mundo está na China, mais de metade dos novos veículos elétricos do mundo são conduzidos na China e um quarto do crescimento mundial em novas áreas florestais vem da China", afirmou.
Acrescentou ainda que o país asiático está a esforçar-se por cumprir o seu compromisso de atingir o pico das emissões de dióxido de carbono até 2030 e alcançar a neutralidade carbónica até 2060.
À margem da reunião, Zhao afirmou que a China está disposta a "reforçar a cooperação com outros países em matéria de inovação científica e tecnológica" e a "cultivar novos pontos de crescimento económico".
"Queremos também promover um desenvolvimento saudável e seguro no setor global da inteligência artificial", afirmou.
Pequim dá "as mais sinceras boas-vindas a todos os países que queiram entrar no comboio do desenvolvimento da China", disse Zhao.
"Investir na China é investir no futuro", afirmou.
O líder do órgão máximo legislativo da China apelou ainda a um "mundo multipolar igualitário" e a uma "globalização económica inclusiva", que "ponha de lado a confrontação e a lógica do 'tudo ou nada'".
O responsável sublinhou ainda que a China vai tomar novas medidas para tornar "mais conveniente" trabalhar, estudar e viajar no país.
Nos últimos meses, a China renovou a sua promessa de maior abertura e insistiu que vai criar "novas oportunidades para as empresas de todo o mundo" através do seu "desenvolvimento de alta qualidade".
O país comprometeu-se a resolver alguns dos problemas de que as empresas estrangeiras que operam na China se têm queixado repetidamente, como as barreiras de acesso ao mercado ou o fluxo transfronteiriço de informações e dados.
O investimento direto das empresas estrangeiras na China aumentou em 2023 em cerca de 33 mil milhões de dólares numa base líquida, de acordo com uma medição fornecida em fevereiro passado pela Administração Estatal de Câmbio (SAFE), o valor mais baixo dos últimos 30 anos.
A China fixou o seu objetivo de crescimento económico para o ano em curso em "cerca de 5 %", após um ano marcado por fraca procura, riscos de deflação e estímulos insuficientes, crise imobiliária e falta de confiança do setor privado.