"Discutimos a rápida resolução das questões pendentes nas zonas fronteiriças. Concordámos em redobrar os esforços através dos canais diplomáticos e militares para este fim", afirmou Jaishankar na rede social X, depois de se ter encontrado com o chefe da diplomacia chinesa, à margem da cimeira da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), em Astana.
Jaishankar afirmou que "é essencial" respeitar a Linha de Controlo Actual (LCR ou fronteira de facto) e "garantir a tranquilidade nas zonas fronteiriças".
Os ministros dos Negócios Estrangeiros reuniram-se brevemente em Fevereiro passado na Alemanha, embora a última reunião bilateral significativa tenha tido lugar há quase um ano. Jaishankar tem afirmado repetidamente que as relações bilaterais não podem ser normalizadas enquanto as tensões fronteiriças persistirem.
Em 2020, pelo menos 20 soldados indianos foram mortos e 76 ficaram feridos num confronto fronteiriço nos Himalaias ocidentais, o pior confronto entre os países vizinhos em 45 anos.
Este incidente afectou gravemente as relações bilaterais, e a Índia e a China realizaram várias rondas de conversações militares para diminuir as tensões ao longo da fronteira.
A este respeito, o Ministério dos Negócios Estrangeiros indiano afirmou, num comunicado após a reunião, que Jaishankar e Yi reconheceram que "a situação actual nas zonas fronteiriças não é do interesse de nenhuma das partes".
Para desbloquear a situação, os ministros dos Negócios Estrangeiros concordaram em realizar uma "reunião rápida" do mecanismo existente para resolver questões fronteiriças, que inclui funcionários diplomáticos e militares de ambos os países.
A questão está longe de estar resolvida, quatro anos após o incidente, enquanto a oposição indiana acusa o governo de ter cedido território à China. Os dois países têm trocado acusações sobre Arunachal Pradesh, um território controlado por Nova Deli mas reivindicado por Pequim.