De acordo com uma carta endereçada à Comissão Europeia, divulgada na rede social X (antigo Twitter) pelo ministro dos Assuntos Europeus húngaro, Bóka János, o país "está empenhado em avançar com decisões concretas para proteger as fronteiras e diminuir" a emigração irregular, que o executivo da Hungria diz ser uma "ameaça à segurança nacional", ainda que não apresente dados.
"A Hungria acredita que restabelecer um controlo nacional mais apertado sobre a emigração é hoje a única opção para alcançar o objetivo de a conter com eficácia", acrescentou o governante, na missiva endereçada à comissária para os Assuntos Internos, Ylva Johansson.
"Por isso, a Hungria vai pedir para sair da política da UE de asilo e migrações", sustentou o ministro dos Assuntos Europeus, alegando que essa decisão se prende com qualquer alteração futura à legislação.
"Em simultâneo, a Hungria continua empenhada com o Espaço Schengen que infelizmente se tornou fragmentado na sequência de controlos fronteiriços internos introduzidos", referiu Bóka János, culpabilizando os emigrantes que atravessam as fronteiras dos 27 irregularmente -- ainda que não haja evidências para a afirmação feita.
Em 18 de Setembro, o Governo dos Países Baixos anunciou que também ia deixar de aplicar a legislação que confere protecção a requerentes de asilo.
A Hungria, liderada pelo Governo populista de Viktor Orbán, faz da campanha contra a emigração uma bandeira nacional e aponta ameaças à segurança do país.
O Governo húngaro detém este semestre a presidência rotativa do Conselho da União Europeia.