"Não cederemos um centímetro do território de Taiwan, Penghu, Kinmen e Matsu para defender firmemente a nossa pátria", declarou Lai, enumerando as várias ilhas administradas por Taipé.
A visita às ilhas Kinmen segue-se a exercícios militares organizados pela China na terça-feira e por Taiwan na quinta-feira nas águas do Estreito de Taiwan, que incluíram disparos com munições reais.
A deslocação de Lai ocorre no dia em que se celebra o 75.º aniversário de uma vitória militar dos nacionalistas de Taiwan sobre as forças comunistas do continente chinês pelo controlo das ilhas.
Na sequência da fundação da República Popular da China, em 01 de Outubro de 1949, os nacionalistas infligiram uma derrota militar aos comunistas, que foram obrigados a renunciar às ilhas Kinmen após a batalha de Guningtou.
As divergências entre Pequim e Taipé remontam à longa guerra civil entre os combatentes comunistas liderados por Mao Zedong e as forças nacionalistas de Chiang Kai-shek.
Derrotados pelos comunistas, que fundaram a República Popular da China, os nacionalistas fugiram para Taiwan.
A China considera Taiwan como uma das suas províncias, que ainda não conseguiu reunificar com o resto do seu território desde o fim da guerra civil chinesa em 1949.
A China afirma-se favorável a uma reunificação pacífica, mas reitera que não exclui a possibilidade de "recorrer à força", se necessário.
As relações entre Pequim e Taipé têm-se deteriorado desde 2016, altura em que Tsai Ing-wen se tornou líder de Taiwan. William Lai, que era vice-presidente na administração de Tsai, manteve a posição de defesa da soberania do território.
A China acusou ambos de procurarem aprofundar o fosso entre a ilha e o continente. Em resposta, Pequim intensificou a pressão diplomática e a actividade militar em torno do território.