A repressão a jornalistas especializados e jornalistas mulheres continua a ser uma questão crucial que exige o envolvimento de todos os atores, consideram, e por isso, emitiram algumas recomendações destinadas aos estados e autoridades.
Para a organização é necessário "garantir, em nome da liberdade de imprensa e do direito à informação, a proteção dos jornalistas que trabalham em temas relacionados aos direitos das mulheres, bem como dos profissionais de media que os auxiliam".
Também se deve assegurar a proteção dos jornalistas que trabalham a violência de género, bem como "implementar uma carta de compromisso com a igualdade de género nas estruturas mediáticas".
Os RSF pretendem também "criar comissões nacionais para garantir a segurança de jornalistas especializados", bem como "designar agentes de ligação dentro das forças policiais para colecionar depoimentos de vítimas de ataques físicos ou virtuais".
Para além disso, para a ONG é fundamental "documentar, com ajuda das redações envolvidas, ataques a jornalistas que trabalham temas relacionados aos direitos das mulheres e à violência de género", para que se possa aumentar a consciencialização entre o público geral sobre os temas.
"Combater ameaças anónimas e campanhas de assédio", levando à criação de cargos de editores de género para que se possa capacitar jornalistas sobre o ciberassédio, é também uma recomendação da organização internacional.
Por fim, dizem que a proteção dos jornalistas poderá ser alcançada através do fornecimento de treino e práticas, através do desenvolvimento de programas de auxílio, que os jornalistas devem por em prática quando confrontados com estas questões.