Ministro israelita quer aumentar intensidade de ataques em Gaza

PorExpresso das Ilhas, Lusa,21 set 2025 14:51

O ministro da Segurança de Israel, o ultradireitista Itamar Ben Gvir, defendeu hoje o aumento da intensidade dos ataques a Gaza, bem como a anexação do território palestiniano e a construção de colonatos israelitas.

O ministro da Segurança de Israel, o ultradireitista Itamar Ben Gvir, defendeu hoje o aumento da intensidade dos ataques a Gaza, bem como a anexação do território palestiniano e a construção de colonatos israelitas.

"Precisamos de anexar a maior quantidade possível de território em Gaza", afirmo o líder do partido extremista Otzma Yehudit, em entrevista à rádio israelita 103fm, citado pela agência de notícias espanhola EFE.

"Já falei sobre [estabelecer] bairros residenciais para polícias em Gaza, junto ao mar. Se é nosso, devemos afirmar com certeza que é nosso. Esta é a nossa casa e vamos permanecer nela", acrescentou.

As declarações surgem num momento em que aumenta o debate dentro do Governo israelita sobre o futuro de Gaza após a guerra.

Enquanto o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, tem evitado pronunciar-se claramente sobre a anexação, Ben Gvir e outros elementos da ala ultranacionalista da coligação pressionam para a criação de colonatos permanentes.

A comunidade internacional rejeita de forma quase unânime qualquer projeto de colonização em Gaza, considerando que viola o direito internacional e mina a perspetiva de uma solução de dois Estados.

Organismos como as Nações Unidas e a União Europeia reiteraram nos últimos meses a oposição a qualquer tentativa de alteração unilateral do estatuto do enclave palestiniano.

Dentro de Israel, as palavras de Ben Gvir também geraram divisões.

Os apoiantes encaram-nas como uma reafirmação da soberania israelita, mas setores mais moderados alertam que esta posição pode isolar ainda mais Israel no plano diplomático e dificultar as relações com os Estados Unidos, o principal aliado do país.

Israel tem em curso uma ofensiva militar de grande escala na Faixa de Gaza em resposta ao ataque que sofreu em outubro de 2023 do grupo extremista Hamas, que controla o enclave palestiniano desde 2007.

O ataque do Hamas causou cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.

Desde então, mais de 65.200 palestinianos foram mortos na Faixa de Gaza, onde Israel enfrenta acusações de genocídio e de usar a fome como arma de guerra.

Israel nega tais acusações, mesmo depois de a ONU ter declarado em agosto a fome no norte da Faixa de Gaza, situação que acontece pela primeira vez no Médio Oriente.

A guerra em Gaza levou vários países a tentarem reavivar a solução dos dois Estados para o conflito israelo-palestiniano, que preconiza a coexistência pacífica de Israel e da Palestina.

Nesse sentido, Portugal vai oficializar hoje o reconhecimento do Estado da Palestina, o que deverá acontecer também com o Reino Unido, antes de uma dezena de países o fazerem durante a Assembleia Geral da ONU, a partir de segunda-feira.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,21 set 2025 14:51

Editado porSara Almeida  em  21 set 2025 16:19

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