China conclui 1.ª imersão tripulada em grandes profundidades no Ártico

PorExpresso das Ilhas, Lusa,28 out 2025 14:18

Uma equipa de cientistas chineses concluiu com sucesso a primeira expedição de mergulho tripulado em grandes profundidades no oceano Ártico, atingindo os 5.277 metros sob o gelo, na dorsal de Gakkel, informou hoje a imprensa estatal.

A missão, com duração de 56 dias, foi realizada a bordo do navio de investigação Tan Suo San Hao ("Exploração nº3"), construído inteiramente na China, que transportou o submersível tripulado Fendouzhe ("Lutador") para a realização de 43 mergulhos científicos no Ártico central, onde o gelo cobria mais de 80% da superfície.

Organizada pelo Ministério dos Recursos Naturais e pela Academia Chinesa de Ciências, a expedição assinala a primeira operação coordenada entre dois veículos tripulados -- o Fendouzhe e o Jiaolong -- em ambiente polar, estabelecendo um modelo de cooperação para futuras missões científicas em regiões de gelo denso.

Segundo a imprensa oficial, trata-se da primeira exploração científica tripulada em grande profundidade no Ártico central, uma zona onde as condições extremas de pressão e temperatura dificultaram historicamente as operações subaquáticas.

Durante a missão, os cientistas recolheram amostras de água, sedimentos, rochas e organismos marinhos, além de dados de observação que vão contribuir para o estudo dos efeitos das alterações climáticas nas regiões polares.

"A expedição demonstra que a China já possui capacidade tecnológica e logística para realizar operações de mergulho tripulado de forma contínua em zonas com gelo denso", afirmou a televisão estatal CCTV.

Lançado em 2021, o Tan Suo San Hao é o primeiro navio científico chinês concebido para missões globais de exploração em águas profundas.

A missão ao Ártico partiu a 22 de Julho da cidade costeira de Sanya, na ilha tropical de Hainão, e terminou esta semana com o regresso da tripulação à China.

A China afirma-se assim como o primeiro país a realizar mergulhos tripulados profundos e continuados sob gelo denso no Ártico central, reforçando a sua presença científica numa das regiões mais sensíveis ao aquecimento global.

Foto: depositphotos

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,28 out 2025 14:18

Editado porAndre Amaral  em  28 out 2025 23:22

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