De acordo com dados do Ministério da Defesa Nacional (MDN) taiwanês, entre 01 e 31 de Outubro ocorreram 226 incursões de aeronaves chinesas além da linha média do Estreito de Taiwan - a cifra mais baixa de 2025, abaixo das 249 registadas em Janeiro.
Os números contrastam com os meses de verão -- em especial Junho, Julho e Agosto --, em que o MDN contabilizou 359, 377 e 331 incursões, respectivamente.
Em comparação com Outubro de 2024, quando Pequim levou a cabo manobras militares de grande escala em torno da ilha após o Dia Nacional de Taiwan, a queda é ainda mais acentuada: nessa altura, o MDN reportou 374 violações da linha média, ou seja, mais 70% do que este ano.
O Ministério da Defesa de Taiwan começou a publicar relatórios diários sobre as actividades do Exército chinês em Setembro de 2020, com o objectivo de alertar a opinião pública internacional para o crescente assédio de Pequim, que considera Taiwan uma "parte inalienável" do seu território.
Embora Outubro tenha sido marcado por más condições meteorológicas em redor da ilha dificultando operações militares de grande escala, o alívio da pressão militar coincidiu com fortes fricções sino-americanas devido à intensificação da guerra comercial.
Vários analistas especularam que o Presidente chinês, Xi Jinping, poderia estar a aproveitar a ansiedade do homólogo norte-americano, Donald Trump, em alcançar um acordo para extrair concessões em torno da questão de Taiwan.
Mas Trump garantiu que o tema "nunca foi abordado" na reunião que ambos mantiveram na quinta-feira em Busan, na Coreia do Sul, encontro que serviu para aliviar, pelo menos temporariamente, as tensões entre as duas potências.
Após a cimeira com Trump e o arranque do Fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), o Exército chinês deverá iniciar o seu período habitual de grandes exercícios militares anuais, incluindo a planificação das chamadas "manobras estratégicas".
O director da Agência de Segurança Nacional (NSB) de Taiwan, Tsai Ming-yen, sublinhou na quarta-feira que a ilha manterá activas as "capacidades conjuntas de inteligência e vigilância" e continuará a trocar informações com os seus "aliados internacionais" sobre os movimentos militares chineses.
Tsai afirmou que todos os exercícios militares de grande envergadura implicam mobilização de equipamento e saída de navios para o mar, movimentos que a NSB "pode monitorizar plenamente".
Foto: Depositphotos
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