As eleições deste domingo são as quartas gerais realizadas no país africano e as primeiras em que o histórico partido PAIGC fica de fora da corrida eleitoral, num processo marcado pela exclusão, por parte do Supremo Tribunal de Justiça, dos principais adversários.
O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, concorre a um segundo mandato e é um dos 12 candidatos às presidenciais, em que o independente Fernando Dias se destacou na campanha eleitoral depois de receber o apoio do PAIGC e do líder Domingos Simões Pereira, também excluído pelo Supremo e até então considerado o principal adversário de Embaló.
A corrida à Presidência da República centralizou a campanha eleitoral, deixando para segundo plano as legislativas que vão ditar a composição do parlamento encerrado há dois anos, desde que o Presidente dissolveu a maioria PAI-Terra Ranka, liderada pelo PAIGC.
Nenhuma das anteriores forças partidárias concorre às eleições legislativas deste domingo, que têm 14 candidaturas e uma nova coligação, a Plataforma Republicana que reúne 16 partidos no apoio ao segundo mandato de Umaro Sissoco Embaló.
Estas eleições ditarão a continuidade de Embaló ou a mudança de regime com vários organismos e analistas internacionais a alertarem para os riscos de nova crise pós-eleitoral na Guiné-Bissau.
A comunidade internacional, como a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), está no terreno a fazer observação do processo eleitoral na Guiné-Bissau.
Estas eleições decorrem sem a presença de jornalistas portugueses, depois de o Governo guineense ter expulsado, em Agosto, as delegações da Lusa, RTP e RDP.
A dissolução do parlamento originou as eleições legislativas antecipadas deste domingo, que decorrem em simultâneo com as presidenciais, depois da polémica do fim do mandato do Presidente que, para a oposição terminou em Fevereiro deste ano e para o chefe de Estado em Setembro.
Para estas eleições estão inscritos 966.152 eleitores, um número superior em mais de 42 mil em relação às legislativas de 2023.
No chamado círculo Europa, que engloba alguns países deste continente, entre os quais Portugal, vão poder votar 26.420 eleitores, dos quais 13.764 no território português enquanto no círculo África estão inscritos 25.304 cidadãos guineenses.
A votação no território guineense, em África (Cabo Verde, Guiné-Conacri, Gâmbia, Mauritânia e Senegal) e na Europa (Portugal, Espanha, Itália França, Inglaterra, Alemanha e Benelux) vai decorrer em 3.728 assembleias de voto, que representam 2.118 distritos eleitorais.
De acordo com a legislação eleitoral da Guiné-Bissau, as assembleias de voto abriram às 07:00 horas da manhã, 06h00 em Cabo Verde, e encerram às 17:00 horas (16h00 em Cabo Verde), começando de imediato o processo de apuramento no local dos resultados da votação.
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