​Sismo no Fogo "é uma situação perfeitamente normal" e "sem motivo para preocupação"

PorFretson Rocha, Rádio Morabeza,12 jan 2018 18:17

Bruno Faria - INMG
Bruno Faria - INMG(Rádio Morabeza)

Os dois sismos de magnitude de 2.9 na escala de Richter, registados na ilha do Fogo, na quarta e quinta-feira, são eventos normais de um vulcão que esteve em actividade há três anos, disse hoje o INMG.

A garantia foi dada na tarde desta sexta-feira, em conferência de imprensa, pelo geofísico do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG), Bruno Faria.

Segundo o técnico do INMG, o primeiro abalo, de magnitude de 2.9 na escala de Richter, aconteceu quarta-feira, 10, por volta das 23h15, localizado no mar, a 2 ou 3 quilómetros da costa noroeste da ilha do Fogo. Este sismo, segundo Bruno Faria, “provavelmente”, terá sido sentido pela população da ilha, inclusive em Chã das Caldeiras.

Esta quinta-feira, por volta das 17h15 foi registado um outro tremor de terra, também de magnitude de 2.9, cujo epicentro aconteceu no interior de Chã das Caldeiras, na base de Monte Amarelo, onde houve a maior concentração de lava das duas últimas erupções, de 1995 e 2014.

“Um sismo de 2.9 não faz estrago nenhum. É preciso que seja de 4.5 ou 5 para começar a fazer estrago”, diz Bruno faria.

“É um evento isolado, que acontece de vez em quando. O que, muito provavelmente, está a provocar esses eventos é uma espécie de ralo das lavas das frequentes erupções de Chã das Caldeiras que, penso, compacta o terreno e provoca esses tremores de terra”, explica.

“É uma situação perfeitamente normal para um vulcão que esteve em erupção há três anos”, garante.

O especialista tranquiliza as pessoas e descarta a possibilidade de uma erupção vulcânica.

“Se fosse um percursor, não seria um evento mas seria uma sequência de vários eventos. É uma actividade normal, não há caso de nenhum tipo de preocupação”, tranquiliza.

De acordo com Bruno Faria, a probabilidade de ocorrência de outro abalo sísmico de magnitude igual ou superior aos ocorridos nos últimos dias é de 100%, num prazo de dois anos.

“As pessoas podem estar seguras que, num espaço de dois anos, vão voltar a sentir um tremor de terra da mesma magnitude”, diz.

Situação na Brava é calma

Na mesma conferência de imprensa, Bruno Faria esclareceu que a situação na ilha Brava está calma, com registos de menos de 30 pequenos abalos sísmicos, num período de 24 horas. Na madrugada de quarta para quinta-feira, ocorreram dois eventos de magnitude 3.2 sentidos pela população local.

“Quando vejo que a população não reage, fico calado”, diz.

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Autoria:Fretson Rocha, Rádio Morabeza,12 jan 2018 18:17

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  10 dez 2018 3:22

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